sexta-feira, 20 de junho de 2008

Como fotografar em ambientes fechados sem flash

Por Daniel Gomes em: http://www.cravoecanelaphoto.com

É muito bom quando conseguimos fotografar sem o flash. A iluminação fica mais natural, menos forçada. As formas se definem melhor, a as sombras ficam mais bonitas e suaves. A cor da luz gerada pelo flash é pálida e sem vida e a luz ambiente geralmente é mais natural. Mas, nem sempre podemos evitar o uso do flash. Limitações de lente, câmera, sensibilidade de ISO e principalmente uma iluminação limitada fazem do flash um acessório necessário.

Para obter o melhor de sua câmera e evitar ao máximo o uso do flash, devemos:
. Primeiro, obviamente…Desligar o flash.
. Ajustar o ISO para um valor mais alto. Isso varia em cada câmera, mas devemos ter cuidado para não usar o ISO máximo que a câmera permite, pois ele aumenta o noise na imagem. O melhor é testar os vários ISOs de sua câmera e comparar o resultado.
. Verificar a luz no ambiente. Faça isso apertando o disparador até a metade. A câmera irá focalizar e fará um a leitura da luz. Geralmente é possível ver a velocidade do disparador (shutter speed, SS) e a abertura de diafragma que foram ajustados. Isso estará escrito em algum lugar do seu LCD, pesquise no manual de sua câmera para saber como, e se, ela faz isso. A velocidade não deve ser menor que 1/30 em lentes grande-angular, ou menor que 1/125 no zoom máximo. Algumas câmeras mostram um alerta quando a velocidade está baixa e a foto pode ficar tremida. Se você já entende os modos manuais de sua câmera pode usá-los, buscando a abertura máxima e velocidades seguras.
. Se você não entenda nada de velocidades e aberturas, simplesmente fotografe e analise o resultado. Foto borrada é sinônimo de velocidade baixa.
. Se a luz for suficiente, as velocidades estarão dentro do aceitável, e é só clicar. Caso a foto, ainda assim, fique borrada, será preciso mais luz. O borrado é decorrente de movimento e pode ser causado tanto por uma tremida do fotografo, quanto um movimento do modelo.

Para conseguir mais luz devemos…
. Ficar perto das fontes de luz principais, em casa elas são sempre portas, janelas, luminárias, etc. Abra as cortinas. Varandas também são ótimas para fotografar. É sempre bom ter uma fonte de luz forte e definida.
. Aumente a abertura do diafragma Se sua câmera possui modo de prioridade de abertura, ou Av, utilize ele e regule a abertura para o máximo. Sempre lembrado que f2.8 é uma abertura maior que f5.6,por exemplo.

Ainda assim as fotos estão tremidas..
. Nesse caso você deve ligar o flash, não tem jeito.
. A luz do flash ainda pode ser amenizada, utilizando todas as dicas acima com o flash ligado. Sua máquina irá captar mais luz ambiente e a o flash ficará menos evidente.
. Um tripé pode resolver totalmente o problema caso você esteja fotografando um objeto fixo. Você então poderá usar qualquer velocidade sem problemas. As máquinas, como a Canon S2 IS, possuem sistema de estabilização de imagem, que minimizam os efeitos da tremida na mão do fotografo. Tripés e sistemas como o IS da Canon ajudam, mas nada podem fazer com um modelo que corre pela casa, ou está pulando na cama.

Nem sempre é possível desligar o flash. Lentes mais claras, ISOs mais altos e uma mão firme ajudam muito, mas em certas condições teremos que usar o flash.
As câmeras compactas também possuem limitações que vão dificultar o uso da máquina em ambientes internos e sem flash.
A configuração ideal de câmera para fotografar com luz natural, sem flash, é uma boa DSLR e uma lente clara que possibilite o uso de aberturas como f1.8 ou até f 1.4. Nas DSLR conseguimos utilizar ISOs até 800 com ótima qualidade.

Flash - Dicas Gerais


Reflexos - Preste atenção quando houver fundos brilhantes ou óculos na cena, pois produzirão brilhos desagradáveis quando o flash estiver apontando diretamente para eles. Coloque-se em ângulo quando fotografar com fundos tais como: espelho, vidraças ou revestimentos brilhantes. Peça `as pessoas com óculos para virar um pouco a cabeça ou tirar os óculos.
Reflexos vermelhos - Os olhos de algumas pessoas (e dos animais) podem refletir a luz do flash com um brilho vermelho. Para evitar este reflexo interno do olho, acenda todas as luzes do aposento - a maior luminosidade ajudará a diminuir o tamanho da pupila. Além disso, se for possível, aumente a distância entre o flash e a objetiva da câmara. Em algumas câmaras é possível usar um extensor para o flash. Finalmente, afaste-se, nos limites permitidos pelo flash, para que os reflexos fiquem menos intensos.
Faixa de distâncias - Com câmeras simples, fotografe dentro dos limites de distância recomendados pela câmara, tipo de flash e filme. Com outras câmaras, a faixa de distâncias para expor corretamente é determinada pela sensibilidade do filme, diafragma e, eventualmente, pelo modo de operação do flash.
Primeiro plano superexposto - Qualquer pessoa ou objeto que estiver mais próximo que o limite da faixa do flash ficará superexposto e muito claro na fotografia. Componha a cena de modo que o motivo principal esteja mais próximo que todas as outras coisas, mas dentro do limite de distâncias do flash. Grupos - Pessoas que estejam a diferentes distâncias da câmara recebem diferentes quantidades da luz do flash - algumas ficam muito claras, outras muito escuras. Procure fazer com que todas as pessoas estejam aproximadamente à mesma distância do flash.

Uso do flash na fotografia

Os iniciantes na fotografia, em geral, costumam condenar as fotos tiradas com flash por apresentarem efeitos artificiais. Os mais experientes, ao contrário, não o dispensa, chegando inclusive a usá-lo de forma criativa, não deixando nenhuma pista ou evidência do emprego deste recurso, apresentando resultados fantásticos. Para esses, o uso do flash é imprescindível.As técnicas apresentadas são válidas, tanto para a fotografia analógica, como para a fotografia digital.

FLASH COMO LUZ PRINCIPAL
Flash como luz principal é quando a luz do flash é a principal fonte de iluminação; interiores mal iluminando, noite, etc. A exposição para esta luz é bastante simples; o TTL calcula a exposição tendo em conta a luz refletida pelo objeto.

FLASH DE PREENCHIMENTO
Também conhecido como Fill Flash é quando a luz do flash preenche as deficiências da luz principal. O flash de enchimento usa-se para "encher" as sombras provenientes da luz natural. Esse recurso é muito útil em dias ensolarados. O que pode acontecer nesses dias de sol forte, é o motivo a ser fotografado estar na sombra ou em contra-luz e são nessas situações que o uso do flash é bastante útil. É simples. Para iluminar as áreas sombreadas, dando um efeito natural, é bom usar o flash em potência baixa e com 1 ou 2 pontos a menos. Em dias nublados o uso do flash dá maior saturação às cores, valorizando mais a cena. Nas câmeras eletrônicas, basta colocar a máquina no modo automático total “P”, assim a luz natural e a luz do flash são equilibradas sem superexpor.

OLHOS VERMELHOS
Outro preconceito quanto ao uso do Flash é a produção de imagens com olhos vermelhos. Quando a luz do Flash atinge diretamente a pupila, normalmente as pessoas se encontram em local escuro. Nessas condições, a pupila está dilatada pela acomodação visual, fazendo com que a luz do Flash incida diretamente na retina reflctindo parte do sangue que ali se encontra. Dessa forma, o aparecimento dos olhos vermelhos nada mais é do que a reflexão da própria retina provocada pela dilatação da pupila em ambientes com deficiência de iluminação.
Aprenda como evitá-los.
1. Use o flash lateralmente, com cabo de sincronismo, isso vai mudar o ângulo de incidência de luz. (em caso de flash externo)
2. Peça a pessoa que não olhe diretamente para a câmara.
3. Use iluminação rebatida em teto ou superfície branca.
4. Acenda mais luzes no ambiente. Com isso a pupila vai se contrair, diminuindo a intensidade do reflexo avermelhado.

Praticamente todas as câmeras digitais hoje já vêm com o recurso especial para eliminar o "olho vermelho". Algumas consistem em promover dois disparos do Flash (ou mais), no momento em que o obturador é acionado. O primeiro, rapidíssimo, com menor carga, ocorre antes da exposição. Esse disparo tem um "timing" perfeito para que ocorra a contração da pupila, que normalmente está bem dilatada pela falta de iluminação ambiental.
No instante exato da contração máxima, a foto é realizada pelo segundo disparo do flash, o que torna quase impossível conseguir um ângulo que incida no fundo do olho, e reflita na direção do filme (bom na prática é assim, mas muitas câmeras apesar de ter o recurso, este não funciona muito bem).

Conceitos importantes para uso do flash

VELOCIDADE DE SINCRONISMO

Para usar qualquer tipo de flash externo, seja portátil, acoplado à câmara, de estúdio e outros, temos que primeiramente observar a sua velocidade de sincronismo. Este sincronismo refere-se ao intervalo de tempo entre a abertura do obturador e o disparo do flash. Ambos devem acontecer exatamente no mesmo momento. Para isto, necessitamos de uma velocidade específica que dispare o flash no exato momento em que o obturador esteja totalmente aberto para atingir o pico máximo de luz. Em flashes embutidos esse conceito geralmente é obscuro já que a máquina tenta fazer tudo automaticamente. Se o manual da sua câmera informar que o sincronismo do flash está regulado para 1/60, e se você acidentalmente utilizar uma velocidade mais rápida como 1/125 ou ainda 1/250, a foto sairá gravada somente em parte, pois a velocidade estará fora do pico, e a cortina do obturador estará cobrindo parte do filme durante a exposição. As câmeras manuais mais modernas permitem sincronismo do flash até 1/250. Os modelos High Tech permitem até 1/800 ou mesmo 1/1000, dependendo de programas específicos.
Entretanto, o que importa realmente saber é que a velocidade de sincronismo é a velocidade máxima permitida a operar com flash eletrônico. Esta velocidade, na maioria das vezes, registra apenas a luz emitida pelo mesmo. NÚMERO GUIA – FLASH MANUALJá foi discutido brevemente, mas é interessante abrir mais um tópico.Cada tipo ou modelo de flash tem uma potência, um poder de iluminação. Esta medida é o número guia, indicado no manual do seu flash, para filmes de ISO 100. Em outras palavras, a luz que parte do seu flash se espalha e chega até o assunto com maior ou menor intensidade. Portanto, toda vez em que a distância se altera, é necessário alterar o diafragma para uma correta exposição. Cada flash tem um número guia, uma potência diferente. Para facilitar o manuseio, cada tipo ou modelo vem com seu respectivo número guia impresso em seu manual (isso para flashes externos). Ou, com uma tabela de Distancia x Abertura, impressa no próprio corpo ou no visor de cristal liquido do flash. Observe-a com cuidado para conseguir a exposição correta.

REDUTOR DE POTÊNCIA

Este recurso adicional, encontrado nos flashes mais sofisticados, e vem designado com as potências – 1/1 (full - total), 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32 etc. Isto significa que em 1/1 o flash está em carga máxima e na medida em que se reduz esta carga sucessivamente, pela metade, a luz do flash reduz-se no numero de pontos equivalentes. Esse recurso é muito útil, quando se opera a distancias muito curtas, ou com filmes mais sensíveis, ou ainda apenas para economizar baterias. Já que as marcas e modelos de Flash estão em constantes aperfeiçoamentos, recomenda-se ler seus respectivos manuais com atenção. Nas câmeras tipo Hi Tech a redução de potência, é efetuada diretamente no respectivo programa para flash - TTL, acionando-se a respectiva escala de compensação, desde que se utilize o flash indicado pelos seus próprios fabricantes. Alguns modelos originais apresentam esta escala de redução mesmo em modo manual. Para maiores informações, consulte o livrete de instruções de seu Flash.

"RING FLASH" / FLASH ANULAR

Há Flashes especiais para curtas distâncias, com pequena potência adequada à fotografia científica ou para documentação São conhecidos como Ring Flash, tipo circular, utilizado na frente da objetiva, acoplada como um filtro. Desenvolvido para situações especificas, para temas muitos próximos, em que a iluminação de um flash convencional não é adequada. Fotografia dental, médica, macro fotografia, e outras aplicações afins, são alguns dos campos em que esta técnica é utilizada. Apresenta uma luz difusa, e em alguns de seus modelos o grau de difusão pode ser controlável. São encontrados em modelos manuais. Automáticos e até TTL. No entanto, seu raio de ação é limitado a 1.2 metros de distância. Na falta destes flashes, podemos improvisar rebatedores para dirigir o foco de luz diretamente ao assunto a ser fotografado

Tipos de Flash

Começo agora uma série de posts sobre o uso do flash.
Fonte: http://www.mundofotografico.com.br

FLASH MANUAL
Para regular o uso do Flash manual temos a ABERTURA e a DISTANCIA ENTRE FLASH E OBJETO, que como o nome indica é a distancia física entre o flash e o objecto a ser exposto.
Para usar o flash focava-se a lente, a partir dai íamos a uma tabela normalmente gravada no próprio flash, onde tínhamos que procurar a abertura equivalente para aquela distância para determinado ISO. Isso era extremamente lento, irritante, e pouco amigável. Se a distancia se alterasse lá íamos nós outra vez à tabela para ajustar a abertura. Isto deve-se ao fato de o flash disparar sempre em potência máxima.
Essa DISTANCIA ENTRE FLASH E OBJETO é importante por causa da potência do aparelho. A potência de um flash designa-se de Numero Guia (Guide Number) ou GN.Quanto mais alto o numero mais potente o flash. Quanto mais potente o flash mais longe a luz pode viajar. Mas o que acontece é que esta luz quanto mais viaja mais perde essa potência. Na verdade perde imensa potência. Chamasse lei do inverso do quadrado. Vou dar um exemplo: seja um flash que tem um GN de 50 (em metros – muito bom por sinal).
Usando ISO100 para expor um objeto a 18 metros usa-se uma abertura de f/2.8, para usar f/3,5 baixa para 13mts, f/5,6 9mts, f/8,3 6mts; f/12,5 a 4 mts, etc. Isto é uma perca de potência incrível! Mas é uma regra universal que temos que viver com ela. Ou seja, para calcular você tem que dividir o número guia pela distância do assunto, assim você obtem a abertura que tem que usar na máquina (muitas vezes tem que se arredondar)

FLASH AUTOMÁTICO

Como regra, quanto mais regulagens automáticas um flash possui, mais opções de preenchimento apresenta. Assim, se a exposição ambiente é 1/125 seg. a f/8 e você regular o flash e as lentes para f/8, terá uma razão de 1:1.Para mudar isso, basta alterar a regulagem da abertura no flash, e deixar f/8 nas lentes. Desta forma, colocando f/5.6, no flash a razão será de 1:2; e para f/4 será de 1:4. Nos dois casos, o que acontece é que você está informando o flash de que regulou a lente para uma abertura maior do que ela realmente apresenta, e portanto, ele fornecerá menos luz ao ambiente. E assim, quanto maior a abertura regulada no flash, mais fraco será o efeito.

FLASH INCORPORADO
Muita gente pensa que os flashes incorporados não possibilitam a técnica do preenchimento. Mas aqui estão as boas novas. Muitos deles não só possibilitam o preenchimento ( fill flash), como o regulam automaticamente. Isso quer dizer que você não terá controle algum sobre o flash, e então, terá que se contentar com o que ganhar – normalmente uma razão de 1:2.

FLASH TTL (TROUGH THE LENSE)
A grosso modo quando utilizamos o flash pode-se dizer que fazemos em simultâneo duas exposições: uma com a luz natural (controlada pela ABERTURA e VELOCIDADE DE OBTURAÇÃO) e outra com o flash (controlada pela ABERTURA e DISTANCIA DO FLASH AO OBJETO). Assim temos a ABERTURA como fator determinante para o controle da exposiçãoCom o TTL as coisas são necessariamente diferentes do flash manual. Eis rapidamente o que se passa com TTL:Quando se pressiona o obturador o flash dispara, a luz bate no objeto e é refletida em direção a câmara, através da lente (TTL) atinge o plano do sensor onde é processada pelo processador da maquina. Assim que o sensor acha que a luz é suficiente manda desligar o flash. Tudo isto à velocidade da luz. A grande diferença entre o flash manual e o TTL é que neste a exposição correta deixa de ser controlada pela DISTANCIA AO OBJETO ou pela ABERTURA, mas simplesmente no ato de desligamento do flash! Qualquer que seja a abertura utilizada a exposição correta é controlada por um "interruptor" (também chamado de Tiristor). Isto não quer dizer que a DISTANCIA AO OBJETO e a ABERTURA deixem de ser importantes, mas apenas que são muito mais controláveis. Com o TTL o computador da máquina faz a exposição correcta independentemente da ABERTURA ou da DISTANCIA AO OBJETO (desde que estejamos dentro dos limites da capacidade do flash). Podemos escolher a ABERTURA que nos interessa para a Profundidade de campo necessária e não usar uma pré-selecionada na parte trazeira do flash!Muitos poderão perguntar porque é que a VELOCIDADE DE OBTURAÇÃO não influencia a exposição do flash. Simplesmente porque é muito lenta! A duração média de um disparo de flash é entre 1/1000 e 1/23000 de segundo! A luz do flash deve expor a cena num único disparo (bom isto hoje em dia já não é verdade com os modos FP e equivalentes, mas para a compreensão do artigo, fica assim) e isto significa que as cortinas do obturador devem estar completamente abertas nesse momento, caso contrário ficará registada uma banda negra na película. É ai que entre a velocidade de sincronismo de flash (varia de modelo para modelo, mas poucas vão acima de 1/500).A velocidade de obturação deverá ser escolhida para controlar a luz ambiente (luz natural não afetada pelo flash) e desde que nos mantenhamos dentro da escala de utilização do flash podemos utilizar um sem número de opções para controlar o efeito final da imagem.Desde a mais elementar que é expor corretamente para o fundo, até situações em que podemos alterar esse mesmo fundo - desde torná-lo mais claro a completamente escuro.